1 de fevereiro de 2010

Missa evangélica nos cultos


Quando a glória da igreja sobe, a glória do céu desce?

No meio da verborragia de muitos pregadores pentecostais, envolvidos em gritos ensurdecedores, eles afirmam: “A Bíblia diz que quando a glória da igreja sobe, a glória do céu desce”! O problema é que se você folhear as Escrituras de Gêneses ao Apocalipse, não encontrará apóio para essa afirmativa.

Praticamente em todos os cultos os crentes são forçados a ficarem dando glórias e améns, repetindo sempre, e com muito barulho. As “glórias a Deus”,  “aleluias” e "améns" não são proclamados pela maioria de modo espontâneo mas sim mecanicamente. Parte das pessoas que estão nos cultos repetem como papagaio o que os pregadores mandam falar. Repetem porque querem e já se acostumaram com essa prática.


E se não repetirem, os pregadores ou os "animadores de auditório... digo de cultos", forçam as pessoas a dizerem... amém? tá fraco... quero ver um amém de crente... 

O que acho mais engraçado é a insistência dos pregadores carismáticos em querer que as pessoas gritem “glórias a Deus, aleluias e améns”. Já ouvi um dizendo que se pudesse oferecia dinheiro para ver crente “calado” proclamando “glórias a Deus”. Por que essa insistência? Será que a “glória” é para Deus mesmo? Ou será que é para os próprios pregadores? Nessa hora fico bem desconfiado!

O pior que tudo isso fica mecânico, ao ponto que as pessoas ouvem um pregador alterando o timbre da voz e logo começam a gritar. Uns já são tão sistemáticos em seus gritos, que ao ouvirem um pregador de voz alta falando, mesmo se essa fala for sobre uma tragédia, logo dizem: “glórias a Deus”!

Os pregadores costumam ser intolerantes com os “crentes calados”. Sempre jogam piadinhas do tipo: “boca de geladeira”, “garganta de ferro”, “sorveterianos” e outras besteiras. Muitos ainda ameaçam dizendo para os “calados” que eles não receberão a vitória! Só faltam dizer que os “calados” não serão arrebatados, pois tinha uma música antiga que relacionava arrebatados com “povo barulhento”.

Agora, quero lembrar que não estou dizendo ser errado alguém proclamar espontaneamente, sem atrapalhar a ordem do culto, saindo da sinceridade do coração, um “glória a Deus” e um “Aleluia” com gosto e firmeza. Sim, Deus é digno de ser adorado! O que estou falando contra é sobre a prática da mecanização, e ainda associar gritos com a “benção de Deus”, ou seja, você é abençoado se e somente se, gritar e berrar com um descontrolado.

Há muitos que gritam “glórias a Deus” sem pensar no significado dessas palavras e ainda outros que falam “aleluias” e nem conhecem o sentido do termo hebraico. Ora, onde está o culto racional? Aonde que vamos parar sem reflexão? Somos papagaios para emitirmos sons sem saber o que realmente estamos comunicando?

Alguém pode dar um “glória Deus” por isso?

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