21 de junho de 2010

Pastor - O pastor deve receber salário???











O pastor deve receber salario? Ser sustentado pela igreja?



Nota: O artigo abaixo foi copiado do Blog Respondi de Mario Persona

Sua dúvida está relacionada ao versículo em 1 Tm 5:17-18: "Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino. Porque diz a Escritura: Não atarás a boca ao boi quando debulha. E: Digno é o trabalhador do seu salário".

Algumas traduções trazem "dupla honra" ou "duplicada honra", não "dobrados honorários" ou "salário dobrado" como outras colocam no versículo 17. O sentido aí é tanto de serem duplamente honrados como duplamente recompensados, em especial os que trabalham na obra do Senhor, pois a continuação fala de sustento material. Mas não tem nada a ver com salário de pastor como vemos nas denominações. Nas coisas de Deus não há "empregados", mas pessoas que servem a Deus e que dependem de Deus.

Resumindo, uma assembléia deve reconhecer aqueles que foram chamados para a obra do Senhor e que deixaram oportunidades de ganho para se dedicarem a isso. Mas veja que não é um emprego, mas um reconhecimento. Uma pessoa que se diga na obra do evangelho pode nem mesmo ser reconhecida por uma assembléia, e a pessoa não poderá cobrar esse reconhecimento.

A patir do momento que alguém decidiu trabalhar exclusivamente para Deus, é de Deus que deve esperar seus recursos. Se eles não vierem (através da assembléia, de irmãos individualmente ou de outra forma), então seu chamado não foi real, já que Deus não está suprindo assim. Ou então Deus pode estar querendo que ele trabalhe na obra, porém também faça algo para se sustentar, como Paulo fazia de vontade própria ao abraçar a profissão de fabricante de tendas.

Conheço irmãos que trabalham na obra do Senhor a maior parte do tempo e algumas assembléias e irmãos individualmente os ajudam nisso. Mas há casos também de irmãos que eventualmente precisam voltar a trabalhar em uma ocupação secular durante um tempo quando suas necessidades materiais aumentam, mas eles não podem requerer que os irmãos garantam seu sustento.

Isso é muito diferente daquele esquema: Faculdade de teologia = cargo de pastor + salário + benefícios. Portanto, creio que a pergunta que vem antes dessa é "o pastor que hoje é chamado de pastor é o mesmo pastor que encontramos na Palavra de Deus?"

Não é uma pergunta fácil de ser respondida quando você está dentro do sistema religioso. Primeiro é preciso você se livrar da cultura religiosa que faz você pensar que existe alguma base bíblica para a função de "pastor" que você encontra nos sistemas ou "igrejas" que foram criados ao longo dos séculos. Não é possível pensar biblicamente se você pensar denominacionalmente, porque são coisas que não casam.

Por exemplo, quando a Bíblia falar pastor, você imediatamente poderá ter a tendência de pensar em um homem que estudou teologia e foi eleito ou comissionado para liderar uma congregação de cristãos recebendo ou não um salário para isso. Tal modelo é posterior ao cristianismo bíblico e, no caso do protestantismo, foi copiado do padre católico.

O pastor, biblicamente falando, é um dom como é também o evangelista e o mestre. Os três são dons dados à Igreja, no sentido universal, e não local. Portanto, um pastor é pastor em todos os lugares onde existirem ovelhas, e não pastor de uma denominação (o mesmo para o evangelista e o mestre que ensina).

O pastor (dom) não está limitado a uma congregação e se fôssemos pensar em algo parecido com o "pastor" dos dias atuais, poderíamos encontrar maior similaridade com o mestre (dom) e não com o pastor (dom), já que o mestre, este sim, pode atuar mais no ensino de um grupo de cristãos, enquanto o pastor tem um trabalho mais pessoal, mais individual de tratar das ovelhas, mantê-las unidas etc.

Alguém poderia apelar para os primeiros "pais" da igreja, aqueles que podiam ter alguma atuação parecida com a do "pastor" das denominações de hoje, mas se quisermos nos manter longe do erro precisamos buscar o que Deus ensina por meio de Sua Palavra, e não o que os cristãos ensinaram ao longo desses dois mil anos da vergonha que tem sido o testemunho da igreja neste mundo.

Tendo eliminado o pastor, o evangelista e o mestre como líderes de congregações locais (porque isso não tem sustentação bíblica), como se tenta fazer no sistema denominacional, só nos resta outros dois, ou seja, apóstolo e profeta. Estes foram dados como pedras do alicerce da Igreja, da qual Cristo é a pedra angular. Os apóstolos tinham certas prerrogativas para isso, bem como os profetas, e nenhum deles existe em nossos dias. Ninguém pensaria em continuar colocando pedras de alicerce nas paredes. Os alicerces já foram lançados com a doutrina recebida dos apóstolos.

Então, se você tinha apenas uma dúvida, agora deve ter várias. Se continuar pensando como um cristão dentro do sistema religioso que os homens criaram, aí terá de perguntar aos líderes de sua denominação se o pastor deve ou não ganhar salário, porque estará falando "pastor" no sentido do líder religioso que estamos acostumados a ver nos sistemas eclesiásticos.

Mas se quiser realmente saber a vontade de Deus conforme ela é mostrada na doutrina dos apóstolos, então não irá encontrar esse cargo ou posição, porque simplesmente não existe nada semelhante ao que você encontra hoje nas denominações. O que você vê ao seu redor nada mais é do que um clero copiado do catolicismo que, por sua vez, copiou do judaísmo.

 

Alguns textos poderão ajudar a compreender isso:

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